Segundo mapeamento iniciativas educacionais: revisão do instrumento e estratégias de coleta
outubro 8, 2020 13:18
Ao realizar uma busca rápida pelos portais do Ministério da Saúde, é possível perceber grande diversidade e dinamicidade nas atividades de formação disponibilizadas aos profissionais e gestores da saúde. Contudo, estas ofertas estão dispersas em diferentes sites e plataformas. A fim de atender às demandas associadas à meta 3 foi realizado o mapeamento das ofertas nestes múltiplos espaços virtuais. Este mapeamento foi dividido então em duas etapas. A primeira com foco (1) na construção de um instrumento de identificação das ofertas e (2) na realização de uma busca inicial para validação do instrumento. Este primeiro de uma sequência de três posts trata da segunda etapa do mapeamento das iniciativas de EAD do Ministério da Saúde, realizado em 2020, cujo objetivo é ampliar e qualificar o resultado das buscas feitas na primeira etapa, em 2017.
Primeiro passo: revendo o instrumento de coleta
O instrumento elaborado na primeira versão do mapeamento, dividido em duas seções, foi adequado e atualizado de forma apoiar a coleta sistemática dos dados sobre as ofertas disponíveis. Esta versão do instrumento busca levantar informações de identificação e caracterização dos aspectos pedagógicos presentes nas ofertas dos programas vinculados ao Ministério da Saúde.
Na imagem a seguir, o instrumento atualizado e utilizado no segundo mapeamento apresenta, na seção 1, os dados gerais da oferta, como: a identificação do portal, seu endereço online (link), a qual área do MS é vinculada, objetivos e a quantidade e descrição das ofertas disponíveis.
Seção 1 do instrumento de coleta sistemática de dados sobre as ofertas disponíveis nos sítios do Ministério da Saúde, 2019 (adaptado do relatório 2017).
A seção 2 foi então repensada a fim de identificar os aspectos pedagógicos e técnicos, tais como, os objetivos de aprendizagem, quais atividades são propostas, se fazem uso de algum material específico, a carga horária, a quem se destina tal oferta, se é assíncrono ou síncrono, as formas de acesso, o cadastro e realização dos cursos, além de identificar se há algum tipo de mediação pedagógica.
Seção 2 do instrumento de coleta sistemática de dados sobre as ofertas disponíveis nos sítios do Ministério da Saúde, 2019 (adaptado do relatório 2017).
Além disso, também foi utilizada uma matriz síntese com as informações sobre quem é responsável pela execução da oferta.
Matriz dos dados sobre as ofertas disponíveis nos sítios do Ministério da Saúde, 2019 (adaptado do relatório 2017).
De forma a entender a área dos cursos levantados, estes foram categorizados pelos seguintes temas: Assistência, Gestão e Vigilância. A assistência foi sub categorizada entre Atenção Básica, Média Complexidade e Alta Complexidade. A gestão teve o mesmo tratamento sendo subdivida em Políticas Públicas, Avaliação e Monitoramento e Planejamento. Há também a categoria outros, para cursos que não se encaixam em alguma destas categorias acima.
Segundo passo: estratégia para coleta de dados
Com a finalidade de garantir que todos os portais educacionais seriam incluídos, foram realizadas buscas sistemáticas de acordo com duas ações. A primeira buscou no portal do Ministério da Saúde termos como EaD, cursos, educação e qualificação; e as páginas que tratassem do assunto eram investigadas a fim de encontrar algum programa, portal ou link que disponibilizasse ofertas. A segunda utilizou o Google, pesquisando os termos como EaD adicionado ao nome das Secretarias, Coordenações, Departamentos, baseado no organograma da instituição. Essa estratégia visava encontrar com maior facilidade as ofertas.
É importante ressaltar, que a coleta de dados foi feita por meio de dados abertos. Os critérios definidos para inclusão dos portais encontrados foram a vinculação direta com o Ministério da Saúde, não incluindo instituições de administração indireta, isto é, instituições como a FIOCRUZ não foram incluídas, bem como plataformas voltadas para a EPS, disponibilizando possibilidades de desenvolvimento profissional.
As premissas da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde foram utilizadas como referencial para a inclusão dos portais que ofertavam cursos, acervos e outros processos importantes para os profissionais da saúde. Assim, os portais que ofertavam capacitação, qualificação e atualização nas categorias Ensino EaD e semipresencial, mídias sociais, web aulas, web palestras, fóruns de discussão, acervos ou bases de dados, desde que vinculados ao Ministério, foram incluídos no estudo.
No próximo post serão apresentados os resultados do levantamento das iniciativas de formação do Ministério da Saúde. Acesse aqui.
“Este é um texto de divulgação científica que adota uma estética jornalística. Foi editado e produzido por Juliana Vargas com o objetivo de divulgar uma pesquisa acadêmica realizada por José Joclilson Nascimento Silva com orientação de Evelyn de Britto Dutra e Francini Lube Guizardi, no âmbito do Projeto Avaliação e prospecção de tecnologias web para a Educação Permanente em Saúde”.