Resumo
O Cine Pipoca surgiu do (ao) encontro da necessidade de formar um grupo destinado aos adolescentes juntamente com o desejo de trabalhar questões complexas de saúde mental de uma forma leve, utilizando a arte como elemento disparador. Antes dessa experiência, não existia um espaço de escuta coletiva para os adolescentes. A ideia já tinha sido colocada em pauta para a antiga coordenação que visualizou o grupo como um empecilho para os atendimentos individuais. Após dois anos, em uma nova gestão, foi acolhida e promovida como um trabalho cheio de potencialidades.
Os materiais utilizados durante as sessões são: um Projetor de Imagem Portátil, um notebook e uma plataforma de streaming. O grupo se reune uma vez por semana, é (sendo) ofertado pipoca e refrigerante para os participantes. O filme escolhido é utilizado como ferramenta disparador. O diálogo é construído durante as reflexões da analise do filme, utilizando como técnica a associação livre, que consiste em um espaço onde os participantes expressam os sentimentos e reflexões sobre as vivencias dos personagens e a própria historia. O encontro com os outros adolescentes permite a troca de experiências e a riqueza da diversidade. Essa experiência possibilitou uma nova metodologia de cuidado no CAPS.
Oportunizou a troca de experiências e saberes em grupo; a mobilização entre a equipe; desde os encaminhamentos para o grupo até na ajuda com o lanche ofertado; e a arrumação da sala. Fortaleceu o trabalho em equipe, gerando um ambiente mais acolhedor tanto para os trabalhadores quanto para os participantes.