Resumo
Diante de um cenário pós pandêmico, com desorganização das atividades coletivas que ocorriam na APS, como cuidar com o aumento da demanda por atenção psicológica e cuidados em saúde mental? Como lidar com casos cada vez mais complexos em um território vulnerável? Uma equipe de saúde da família encontra na oferta de um grupo aberto de saúde mental uma forma de lidar com estas questões. Um grupo aberto, voltado ao cuidado comunitário em saúde mental, promove apoio mútuo entre usuários e fazimento de laços, apostando no protagonismo dos usuários e em seus desejos.
Marcado pela diversidade na composição do grupo, com adultos, idosos, jovens e até adolescentes; surgiu uma dinâmica flexível, pautada no diálogo, na expressão livre e no vínculo. Fomos percebendo, de fato, uma aproximação afetiva entre usuários e trabalhadores, uma quebra no isolamento social, um cuidado mais contínuo e compartilhado dentro da equipe, avançando alguns passos na tão almejada corresponsabilização.