Resumo
O pai de um jovem de 29 anos, diagnosticado com esquizofrenia, procurou o CEAPS para suporte, buscando alternativas à internação, visto que o jovem apresentava delírios, alucinações, persecutoriedade e discurso desorganizado. A equipe realizou visitas domiciliares (VD) com psicólogo, enfermeira e psiquiatra. Inicialmente, o paciente negou ter qualquer patologia e recusou tratamento. Após, utilizou-se do vínculo existente com a agente comunitária de saúde (ACS) de sua área para tentar nova vinculação e propor acompanhamento medicamentoso, sem sucesso. Devido à disponibilidade da equipe da UBS e o compromisso em realizar VDs.
O médico da UBS fez uma visita na qual o jovem aceitou a medicação, contudo tal ação ocorreu apenas por duas vezes. Em nova VD, o psiquiatra do CEAPS, junto com psicólogo e enfermeira, propôs um novo acompanhamento médico com duração de 15 dias, pactuando com o jovem que após este período retiraria as medicações que causassem mal-estar. O jovem então aderiu ao tratamento. Com o tratamento, o paciente melhorou significativamente, relacionando-se melhor com a família, fazendo entrevistas de emprego e cogitando praticar atividade física. O acompanhamento proporcionou uma nova perspectiva de vida, permitindo-lhe se sentir pertencente ao mundo.
Este caso destaca a importância da abordagem psicossocial e do vínculo terapêutico na recuperação de pacientes com transtornos mentais graves, demonstrando resultados positivos e promissores. A continuidade do tratamento é essencial para manter a estabilidade e promover a qualidade de vida.