Resumo
Durante a pandemia COVID-19, os serviços da atenção primária encontravam-se voltados aos atendimentos dessa demanda, sendo observado aumento significativo de crianças com atraso no desenvolvimento nos serviços de especialidades. O Centro Especializado em Reabilitação (CER) e o Programa Acompanhante da Pessoa com Deficiência (APD) enquanto dispositivos estratégicos na rede de atenção à Pessoa com deficiência, pensou coletivamente num formato de organização que garantisse o cuidado à essa população nesse momento de crise pandêmica.
Para isso formou-se comissões de trabalhadores, sendo uma delas a da Infância e Adolescência a fim de pensar as demandas específicas desse grupo. Com o aumento da demanda de crianças com sinais de risco ou diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista), pensando em um olhar ampliado nos cuidados desta fase; entendeu-se a importância da presença do CAPS IJ na composição desta Comissão.
A partir de reuniões mensais com as equipes do CER/ APD/ CAPS IJ foram realizadas avaliações/intervenções compartilhadas entre os serviços descritos, assim como foi elaborado um fluxo de cuidado em rede tendo como estratégia principal a aproximação da atenção primária com público citado anteriormente. Também foi construído um alinhamento entre os serviços para a qualificação do cuidado em rede das crianças e adolescentes com sinais de risco ou diagnóstico de TEA. Tais ações geraram encaminhamentos da Atenção Básica mais qualificados e discussões ampliadas sobre o tema nos matriciamentos e Fóruns, abordando a temática também junto a rede intersetorial.