Resumo
A equipe do “Projeto modelagem inovadora de cuidado colaborativo e integração entre a RAPS-BH e a Estratégia de Saúde da Família. Saúde mental no território da atenção primária” tem um olhar estratégico para produção de Saúde Mental no território ao propor o cuidado colaborativo entre a rede e a comunidade, para a produção de novas abordagens orientadas pela solidariedade, inclusão social, protagonismo, integralidade e cidadania da pessoa em sofrimento psíquico. Com início em maio de 2024, o projeto ocorre pela parceria entre a Organização Panamericana de Saúde, Ministério da Saúde, Fundação Educacional Lucas Machado e Prefeitura de Belo Horizonte e constituí-se por quatro fases de implantação: mapeamento do território, sensibilização das equipes, educação permanente, construção de protocolos e matrizes de competências.
O cenário de pesquisa considera uma microrregião de saúde no Barreiro em Belo Horizonte, composta por 4 Centros de Saúde e 19 equipes de saúde da família. Foi constituída uma equipe multiprofissional que desenvolve com gestores e trabalhadores ferramentas e conhecimentos a partir de Apoio Matricial, Fóruns, Oficinas e compartilhamento do cuidado. O processo de educação permanente aborda práticas baseadas na política pública saúde, nos princípios da Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial, protocolos internacionais da OMS sobre o Recovery/Suporte de pares, Diálogos Abertos e Mental-Health-GAP. Utilizamos da pesquisa-ação e referenciais metodológicos da teoria da mudança, para horizontalizar e produzir coletivamente dispositivos éticos-políticos capazes de produzir fissuras nos modelos tradicionais de cuidado e na produção de saúde mental no território. Deste modo, co-construir matrizes de competências para atuação na rede SUS.