Aquilombamento e Saúde Mental em Território soteropolitano: reflexões entre 2014 e 2024


Autor(es): Analice Sena

UF/Cidade: Bahia – Salvador

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Período: 08/2014 – 11/2024

Instituição/Serviço: Rede de Atenção Psicossocial

Público: Gestores ou coordenadores do serviço, Trabalhadores e trabalhadoras da RAPS, Usuários – adultos, Família/comunidade, Usuários – crianças ou adolescentes

Articulação RAPS: UAA Adulto e Infantil, CAPS III, CAPS AD III,CAPS AD II,CAPS II e UBS

Articulação com outros setores: Equipe de Saúde Mental da Defensoria Publica, Escolas Municipais, Centro POP, CRAS e CREAS


Resumo

A partir das intersecções emergentes entre a Redução de Danos, Aquilombamento e Cuidado em Saúde Mental, trabalhadoras negras de consultórios de/rua e CAPS vêm há passos longos construindo novas cenas de cuidado através da integração de experiências diaspóricas a RAPS na cidade de Salvador. A concepção de quilombo proposta por Beatriz Nascimento sugere uma constância capaz de produção vida e possibilidades de existências, logo no contexto adverso ao qual as políticas de Saúde Mental do município vem se configurando ao longo dos anos, aquilombar-se é preciso!

A partir das encruzilhadas percorridas por usuários dos serviços, familiares e trabalhadores, o Aquilombamento se apresenta como possibilidade no reconhecimento e legitimação de práticas de ancestralidade negra na produção de cuidado na Saúde Mental,caracterizando-se como uma tecnologia leve de saúde, frente à determinantes de saúde como raça, classe e gênero torna-se uníssono às práticas de Redução de Danos.

Conforme proposto por Achille Mbembe, a questão racial ocupa centralidade na organização social pós colonial, refletindo também nas relações estabelecidas entre as pessoas envolvidas nos processos de cuidados antimanicomiais, Respeito à cultura e saberes territoriais, consciência racial e cuidado aos seus pares são princípios presentes na Redução de Danos e no Aquilombamento , minimizandos o efeitos dolorosos dos racismos , fortalecendo vínculos, promovendo a saúde e construindo Itinerários Terapêuticos possíveis para e com as pessoas em sofrimento mental. Logo, a compreensão do Aquilombamento no cotidiano de usuários dos serviços e trabalhadores tonar-se fundamental para construção do bem-viver, rompendo assim as correntes que demarcam fazeres e cuidados.

Palavras-chave: AQUILOMBAMENTO, Redução de Danos, Saúde Mental

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