Resumo
As vivências em arte e cultura expandem os espaços de cidadania e interação social dos indivíduos em sofrimento psíquico. Nesse sentido, o teatro se destaca como uma ferramenta importante, incentivando expressividade e criatividade. OBJETIVO: Discorrer sobre o trabalho para preparação e apresentação da esquete “Vidas por trás das cenas” realizada em uma oficina teatral de um CAPS III em Aracaju/SE, visando oferecer um espaço legítimo e autêntico aos seus usuários.
Após 9 anos da sua primeira formação o grupo de teatro “Vida em Cena”, apresentava-se cercado de “crises existenciais” e incertezas, mas por tratar-se de um grupo resiliente, transbordante de talento e criatividade foi-se vislumbrando outras perspectivas, optamos por trilhar um caminho inédito. Dessa vez, levaríamos ao público os sujeitos que estavam por trás dos personagens, a sua vivência em todo o processo de criação, montagem e apresentação. Ao todo, a montagem foi realizada por 8 atores em 6 encontros, usou-se como script um programa de entrevistas, porém sem texto predefinido. Paulatinamente, eles construíram uma série de perguntas que foram tomando corpo no enredo. Nesses momentos, foi possível evidenciar o potencial terapêutico, entusiasmo, protagonismo e empoderamento fomentado.
Durante a apresentação os usuários estavam satisfeitos, radiantes e orgulhosos pelo produto construído. Essa iniciativa possibilitou o desenvolvimento de uma nova perspectiva sobre si mesmos, baseada em suas histórias, capacidades e inventividades. Conclusão, a arte cênica é um recurso terapêutico potente por fortalecer relações, incorporar repertório e estimular cidadania, respeitando os limites e possibilidades individuais dos sujeitos envolvidos.
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