Acompanhar e cuidar


Autor(es): Wesley Ferreira de carvalho

UF/Cidade: Rio Grande do Sul – Porto Alegre

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Período: 2020

Instituição/Serviço: Programa de Prestação de Serviços à Comunidade – PPSC UFRGS

Público: Família/comunidade, Usuários – crianças ou adolescentes

Articulação com outros setores: Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (CMET) Paulo Freire, Centro de Referência Assistência Social (CREAS) Partenom e Exército Brasileiro


Resumo

O Acompanhamento Juvenil (AJ) propõe uma circulação pela cidade com o objetivo de criar oportunidades de pertencimento e inclusão. Esta experiência surgiu no contexto do Programa de Prestação de Serviços à Comunidade (PPSC) da UFRGS, voltado para jovens em cumprimento de Medidas Socioeducativas. A atividade configurou-se como uma das vertentes durante a Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva da UFRGS, realizada entre 2019 e 2020. Ao longo dessa trajetória, foram aprofundadas reflexões sobre as diferentes fases das adolescências e juventudes, bem como sobre os contextos da política socioeducativa.

O AJ posicionou-se como uma perspectiva de construção de lugares e vivências significativas para os percursos juvenis, funcionando como um elo entre espaços institucionais e espaços públicos. A metodologia interligou pontos da rede por meio de uma prática de circulação e presença nos espaços e tempos sociais. O AJ constitui-se como um desdobramento metodológico do Acompanhamento Terapêutico no contexto das medidas socioeducativas, fundamentado em princípios como a problematização e a afirmação da cidadania. Essa construção ocorre por meio da circulação em territórios, espaços e serviços da cidade, respondendo às demandas que os próprios sujeitos constroem e apontam para si.

O diálogo com temas como o ato infracional, o uso e abuso de substâncias psicoativas e os transtornos psíquicos possibilita flexibilizar as relações, oferecendo aos acompanhados e acompanhantes uma potência para a (re)invenção de modos de ser. Assim, o AJ permite ir além das narrativas já cristalizadas, pensar novas possibilidades para aqueles que vivenciam os desdobramentos dos conflitos com a lei.

Palavras-chave: Adolescência, Ato Infracional, conflito com a lei, Juventude, Medida Socioeducativa, Prestação de Serviços à Comunidade

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