Resumo
Os grupos terapêuticos são ferramentas imprescindíveis para o cuidado continuado que vislumbram – entre outros objetivos – a reintegração do indivíduo à sociedade. O grupo de pintura realizado por residentes multiprofissionais em saúde mental, surgiu com a intenção de permitir que o usuário do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II), de Palmas-TO, conseguisse expressar, por meio da arte, alguns elementos da própria subjetividade: suas relações interpessoais, desafios, momentos de crise, barreiras, sonhos e planos. Por isso, trata-se de um grupo aberto, realizado neste serviço, onde utilizou-se de ilustrações previamente definidas relacionadas à temática abordada no âmbito da pintura. Uma dos objetivos esperados ao facilitar o grupo foi proporcionar momentos de escuta e interações com os usuários. Durante as atividades de pinturas semanais foram abordadas temáticas cotidianas complexas, as quais podem alterar o humor dos usuários e até mesmo interferir no tratamento.
O espaço do grupo terapêutico foi estruturado de modo a suscitar sensação de segurança e respeitando os aspectos de sigilo e ética. Neste grupo foi possível, por meio da ludicidade e técnica da observação, identificar sinais de alerta e eventual necessidade de reavaliação biopsicossocial. Observou-se que, mesmo em dias difíceis, o encontro é um momento que promove bem-estar, como por exemplo, foram observados sinais de relaxamento, risos, construção de vínculos e afetividade. Pode-se mensurar a beneficência do grupo de pintura no CAPS II através da assídua frequência dos pacientes, em uma segunda-feira cedo, em um local distante da sua residência, (eventualmente) depois de poucas horas de sono.
Imagens
