Resumo
Durante minha residência como farmacêutica no CAPS AD III, identifiquei um erro na prescrição de medicamentos durante o acompanhamento de uma paciente em acolhimento 24 horas. A paciente foi encaminhada para exames em uma Unidade de Saúde da Família (USF), onde foi prescrito Fluconazol 150 mg, 2 cápsulas ao dia, por 7 dias. No entanto, ao consultar as referências da Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção Primária à Saúde (BVS APS), percebi que o tratamento correto para psoríase seria Fluconazol 300 mg, uma vez por semana, por 2 a 4 semanas. Imediatamente, comuniquei a enfermeira de plantão do acolhimento 24h e entrei em contato com o prescritor, que reconheceu o erro de digitação e corrigiu a prescrição. Isso garantiu que a paciente iniciasse o tratamento adequado e seguro.
Embora o caso tenha envolvido um tratamento dermatológico, ele está diretamente relacionado à saúde mental. Pacientes em CAPS AD III frequentemente têm múltiplas comorbidades e utilizam diversos medicamentos, o que exige atenção redobrada para evitar erros que possam comprometer tanto o tratamento físico quanto o psicológico. Um erro não detectado poderia gerar frustração e afetar a adesão ao tratamento psiquiátrico, prejudicando o bem-estar emocional do paciente. Essa experiência reforça a importância da vigilância farmacoterapêutica e do trabalho colaborativo entre a equipe multiprofissional, garantindo um cuidado seguro e eficaz, essencial para a recuperação e estabilidade emocional dos pacientes com transtornos mentais.