AranhaverSUS: o brincar como cuidado


Autor(es): Mariana Menezes Silva e Luana Semeão da Silva, Eliza Machado, Vinicius da Silva Soares

UF/Cidade: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

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Período: Desde 12/2023

Instituição/Serviço: Deambulatório Senador Camará

Público: Usuários – crianças ou adolescentes


Resumo

Experiência de atendimento coletivo realizado pela equipe do Deambulatório Senador Camará (equipe de saúde mental que atende usuários com demandas de média complexidade).

Apresentamos cuidado em saúde para crianças inseridas no Sisreg, sistema de regulação que é a porta de entrada para o Deambulatório. Geralmente, as crianças chegam para o atendimento com relatos de agressividade, comportamento inibido e déficit de atenção. Algumas vêm com relatório escolar, em uso de medicações e com diagnóstico. Entendemos ser importante acolher essa demanda coletivamente, além de ofertar um espaço de fala para os cuidadores, em sua maioria mulheres.

Desenvolvendo os grupos, observamos que havia outros atravessamentos influenciando o comportamento e o lugar que essas crianças ocupam na família: vulnerabilidade social, violências, escassa rede de apoio, o desejo ou não dos pais de terem filhos e sobrecarga, especialmente materna. Assim, buscamos atividades terapêuticas, apostando na potência do “brincar” e investindo em atendimentos que também incluíssem os responsáveis. Dessa forma, trabalhamos com as famílias possibilidades de estar com as crianças para além dos sintomas, trazendo a importância de permitir que elas vivam a infância, acolhendo a criança como sujeito em desenvolvimento. Isso não é algo simples em uma realidade com muitas cobranças e sofrimento. Por isso, em alguns casos, identificamos a necessidade de intensificar os encontros.

A partir dessas ações, temos tido como retorno uma melhor relação com a criança, o desenvolvimento da conexão familiar e, muitas vezes, a dissolução da queixa/sintoma, a partir da constatação de mudanças nas interações dos responsáveis com as crianças durante os atendimentos e dos relatos dos mesmos.

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Palavras-chave: brincar, coletivo, relação, Terapêutico

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