Os laços “visíveis” que haviam! Gestão contra colonial no SUS: registros da construção de um trabalho com uma equipe negra multiprofissional territorial na atenção psicossocial


Autor(es): Magda Costa Barreto

UF/Cidade: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

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Período: Desde 04/2023

Instituição/Serviço: Deambulatório Maracanã- SMS/RJ

Público: Trabalhadores e trabalhadoras da RAPS, Gestores ou coordenadores do serviço, Usuários – adultos, Usuários – crianças ou adolescentes, Família/comunidade

Articulação RAPS: Atenção Básica em Saúde (Clínicas da Família, eMulti), Estratégias de Reabilitação Psicossocial (Iniciativas de geração de trabalho e renda e empreendimentos solidários e cooperativas sociais) Atenção Psicossocial Estratégica (CAPS AD e CAPSi)

Articulação com outros setores: Educação – escolas municipais, 2ª coordenadoria regional de educação (2ª CRE), Proinap, Programa de Saúde de Escola (PSE) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)


Resumo

Este relato tem por objetivo apresentar através de registros fotográficos as andanças na construção de um trabalho com uma equipe predominantemente negra multiprofissional territorial da atenção psicossocial, por meio da coordenação técnica de uma assistente social mulher preta, no dispositivo Deambulatório Maracanã, no município do Rio de Janeiro. A proposta dos Deambulatórios é construir estratégias de cuidado para média complexidade na saúde mental, que ultrapassem a lógica do ambulatório tradicional biomédico e psicologizante, ou seja, uma atenção psicossocial no território, com coletivos, e incluindo saberes diversos e práticas comunitárias. E diante disso, como coordenadora agreguei a perspectiva contra colonial com a encomenda recebida para a implementação deste novo dispositivo.

A perspectiva contra colonial foi orientadora desde os critérios para composição da equipe, da supervisão clínico institucional e dos elementos teóricos e metodológicos que orientaram o trabalho. O elemento raça se faz presente como orientador das análises dos sofrimentos, seja para pensar as singularidades e coletividade dos casos e construção das propostas de cuidado. A existência dos corpos negros desta equipe para as ações de trabalho intra e intersetorial no território, incluiu possibilidade de acessos, mas também barreiras diante do racismo estrutural e institucional. E para tanto, discussões coletivas, espaços de educação permanente, supervisão clínico institucional, vivências de lazer e cultura, foram estratégias para que um grupo de profissionais venha se consolidando como uma equipe contra colonial da atenção psicossocial. Algumas dessas estratégias serão apresentadas em registros fotográficos.

Imagens
Palavras-chave: Atenção Psicossocial, contra colonial, Equipe Multiprofissional, Território

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