Resumo
Com a proposta de estruturação da RAPS de Rio Verde-GO, o serviço Hospitalar de Referência no HMU – Hospital Municipal Universitário, se fazia necessário como alternativa às internações que eram realizadas em hospitais psiquiátricos. Após pesquisas e diálogos com a Gerência Estadual, em 2018 nove leitos foram implantados. Paralelamente, os hospitais psiquiátricos fecharam e a taxa de ocupação se manteve constante no HMU. Após vários encontros, treinamentos, acréscimo de profissionais especializados, os encaminhamentos passaram a ser feitos pela UPA e sistema de regulação.
No HMU, espaços para atividades de saúde mental foram criados e os CAPS passaram a visitar diariamente os leitos, com a construção do Projeto Terapêutico Singular-PTS onde arte, cultura, cursos de geração de renda são oferecidos como recurso terapêutico dentro e fora dos CAPS. Adicionado ao uso de recursos como: automóvel para visitas nos leitos, a busca ativa de familiares, para estabelecimento de vínculo, uso de jogos de tabuleiro, livros e cartilhas (tipo passatempo), o medo pelos estigmas, preconceito e dúvidas, foram substituídos pela satisfação a cada ganho do paciente. No entnato, a frustração com evasões ou regresso, evidenciou a necessidade de espaços de acolhimento profissional no hospital, a equipe de saúde mental hospitalar passou a se articular para apoiar, cuidar e/ou direcionar os colegas de trabalho.
Vale ressaltar que além dos CAPS (em suas diferentes modalidades) a APS, SAE, CREAS, CRASS, Ministério Público, Regulação Municipal, SAMU, UPA, Conselho Tutelar, CAT (Casa de Abrigo Temporário) se articulam para o cuidado em rede e consolidam um modelo de tratamento efetivo
