Resumo
O hospital geral recebeu JMCD, após surto e abuso de drogas. Devido ao grau de comprometimento psíquico o processo de comunicação foi prejudicado. Após fugas, os retornos eram adicionados de traumas físicos sofridos na rua. Uma passagem pela UTI (maior permanência), possibilitou a melhora clínica. JMCD lembrou-se do irmão, que residia em Mato Grosso(MT) e começaram chamadas de vídeo para construção de vínculos. Entretanto, o irmão era resistente. Após alta foi à CPP – Casa de Prisão Provisória (permaneceu 08 meses), acusado de crimes que não lembrava. Iniciaram-se visitas e matriciamento pois percebeu-se a descontinuidade do cuidado, bem os pedidos reiterados de internação psiquiátrica. Após muitos diálogos, passou pela junta médica (constando doença mental), retornou para aguardar decisão judicial. Um amigo foi localizado e dispôs-se a recebê-lo. O CAPSad percebeu que JMCD não sacava o Bolsa Família o que possibilitou alugar uma moradia. No Projeto Terapêutico Singular-PTS, forma incluídos recursos do território, com materiais lúdicos e grupos operativos, porém, era imperativo a supervisão de suas ações. Foi solicitado Benefício de Prestação Continuada-BPC e a reconstrução de vínculos com o irmão foi ganhando destaque. A cada descoberta de desrespeito aos direitos, a equipe articulou estratégias na rede que culminaram no reencontro dos irmãos, as reuniões de equipe e debates com a rede e Gerencia Estadual foram mitigando sofrimentos e dificuldades. Ao receber BPC, quis morar com o irmão, que o aceitou. Iniciou-se contatos com a rede de MT e Defensoria Pública para a transferência de cuidados após autorização judicial.