Resumo
A articulação em redes intrasetoriais e intersetoriais foi pensada para o caso considerando os aspectos de vulnerabilidade e as diversas expressões da Questão Social apresentadas. Tratava-se de uma mulher negra, gestante e em situação de rua com uma filha de 3 anos, contando com o suporte do companheiro que trabalhava de maneira informal como “flanelinha” e demais transeuntes do território. A mulher e o companheiro faziam uso prejudicial de substâncias psicoativas. Lorena que já era acompanhada pelo CNAR 5.1 e pela Clínica da Família Nildo Eymar Aguiar, passou a ser acompanhada pelo CREAS Aldaíza Sposati, programa lares cariocas e CAPS III Lima Barreto. Também foram acionados o conselho tutelar, a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, o serviço social do Hospital Municipal Albert Schweitzer e profissionais que pudessem responder pela maternidade do hospital.
A experiência contribui com estratégias e ações em articulação em redes para lidar com desafios, no enfrentamento ao uso prejudicial de substâncias da pessoa gestante, famílias e crianças em situação de rua. Estratégias que podem inspirar novas práticas, fornecer subsídios a profissionais. A articulação em redes foi fundamental para o cuidado compartilhado e ampliado das pessoas envolvidas, sobretudo, na garantia de direitos e promoção da cidadania. Tivemos desafios que foram enfrentados com reuniões de matriciamento e discussões do caso em dimensão intrasetorial e intersetorial.