11 anos de Consultório na Rua em Suzano/SP


Autor(es): Carolina Jacob da Costa Lima, Adriane Vasti Gonçalves Negrão, Angela Maria Nascimento de Sousa, Elalma dos Santos Barbosa, Janaína Rosa dos Santos, Flavio Ricardo Custódio e Morete Nubia Nunes Rodrigues

UF/Cidade: São Paulo – Suzano

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Período: 01/2014

Instituição/Serviço: Consultório na Rua – Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde

Público: Usuários – crianças ou adolescentes, Usuários – adultos, Família/comunidade

Articulação RAPS: Unidades da Atenção Primária a Saúde, serviços especíalizados, Hospital e Maternidade de Suzano

Articulação com outros setores: Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social


Resumo

Há 11 anos, a partir da Portaria 122/2011/MS, foi implantada a equipe do Consultório na Rua (eCR) em Suzano/SP, com o compromisso de ampliar o cuidado em saúde para pessoas em situação de rua (PSR). Falar de PSR é falar em invisibilidade, discriminação, moralismo, mesmo em serviços públicos. Aporofobia, o objetivo do trabalho da eCR é produção de cidadania, de cuidado, para uma população invisibilizada. É uma equipe de saúde integral, que se dá também nos territórios, construindo vínculos e construindo processos de cuidados a partir da rua, mas não só nesta.

Há vivências e aprendizagens entre os mais de 12 mil atendimentos realizados entre os anos de 2016 e 2023: Há beleza em ouvir histórias das pessoas; às vezes, há discriminação com a eCR, julgando o trabalho como inferior; no meio de embates, alguns atendimentos se perdem. O mais difícil no trabalho é fazer valer as políticas públicas; Ações em parcerias tem maior potência; Falas educativas sobre direitos é dever do lugar de profissionais que trabalham pela dignidade das PSR; É necessário um movimento macro para dar visibilidade aos problemas enfrentados diante da pobreza; Há pouco espaço de reinvindicação para as PSR; A condição de miséria é produto da máquina social em que estamos inseridos. São muitas as expressões de discriminações do público em geral e, na vivência com PSR, com os vínculos que se formam, é impossível não se mobilizar.

Devemos nos questionar sobre ações e concepções: Quais nossos preconceitos? Quais julgamentos fazemos? Temos crenças estigmatizadas? Provavelmente sim.

Vídeo

Palavras-chave: articulação de rede, Consultório na Rua, pessoa em situação de rua

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