Resumo
A política de saúde mental aposta no cuidado territorial, utilizando recursos comunitários para promover vida e participação social. Este relato aborda a experiência de um Coletivo da Zona Oeste do Rio de Janeiro, formado por trabalhadores de um CAPS AD durante a pandemia de COVID-19. Reconhecendo a vulnerabilidade do território, o Coletivo articula diferentes dispositivos, como CAPS II, CAPS AD, CRAS, CREAS, ONGs e outros, promovendo encontros mensais que integram trabalhadores da rede intersetorial, usuários dos serviços e sociedade civil. Entre 2021 e 2024, ações documentadas demonstram como a cooperação intersetorial amplia o cuidado integral. O “I Fórum do Coletivo Intersetorial” (abril de 2023), com 214 participantes, destacou demandas dos processos de trabalho, com ênfase na população em situação de rua.
Este marco consolidou o Coletivo. Em 2024, a temática central foi a insegurança alimentar, resultando na pré-conferência livre (julho de 2024), com 162 participantes, incluindo CONSEA, pescadores, agricultores familiares e outros. A discussão introduziu a I Conferência Livre (dezembro de 2024). O Coletivo evidencia a intersetorialidade potencializa a troca de conhecimentos entre profissionais e aprimora a qualidade do cuidado. A lógica intersetorial integra saúde, educação, assistência social, justiça e sociedade civil, promovendo inclusão social e saúde em territórios vulnerabilizados. Essa experiência ressalta como estratégias coletivas fortalecem a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), beneficiando pessoas em situação de vulnerabilidade.