Resumo
Atualmente atuo no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas, como residente do Programa de Saúde Mental e também como Técnica de Referência do Território Krahô, que abrange parte da região sul de Palmas. Trabalhar com a territorialização tem sido uma experiência enriquecedora, pois é um processo que identifica as particularidades de uma determinada região, inclusive aspectos ambientais, sociais, demográficos, culturais e econômicos. Considerar todos estes aspectos para o planejamento de ações em saúde viabiliza o atendimento das necessidades da população que vive no território. No meu percurso profissional e acadêmico da residência, percebi a territorialização como um ótimo recurso na criação de vínculos, por exemplo.
Nesta seara, tenho mantido contato com os usuários do território Krahô e realizado atendimento de acordo com as necessidades individuais e coletivas apresentadas. Por meio de visitas domiciliares, observei que muitos usuários do território são moradores de um condomínio residencial oriundo de um projeto de habitação governamental em que pessoas e famílias em vulnerabilidade socioeconômica acessaram o direito à moradia. Quando observamos espaço geográfico e humano em que os cidadãos estão inseridos, inferimos que os determinantes sociais podem estar atrelados ao uso abusivo de substâncias psicoativas.
Nesse sentido, pondera-se que a territorialização permite conhecer a realidade de um determinado local e compreender suas características para o planejamento de ações estratégicas dos serviços de saúde, oferecendo cuidado integral que faça sentido e seja acessível para a população atendida. A mídia escolhida ilustra uma das visitas domiciliares que aconteceu a um morador do residencial citado.
