Resumo
“Eu estava ansiosa, usei o aroma antes da droga e melhorei, ai fumei menos” “Cadê o meu cheirinho? Não posso ficar sem, senão eu fico nervosa” Estes relatos são de usuários do Consultório na Rua (CnaR) após o procedimento de aromaterapia, uma técnica que utiliza óleos essenciais com análise de garantia de pureza e de forma controlada e adequada para atuar na melhoria do bem-estar físico, mental e emocional, oferecendo uma abordagem natural e complementar para diversas condições de saúde.
Segundo a International Aromatherapy Association, essa prática é eficaz para tratar sintomas físicos e psicológicos, promovendo o bem-estar geral. É uma prática reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Para essa prática foram recolhidas cápsulas vazias, que armazenaram substâncias psicoativas, descartadas nos territórios, que foram devidamente esterilizadas. Com estas cápsulas foram confeccionados, pelos usuários, colares com miçangas. No interior destas cápsulas foi introduzido algodão imerso nos óleos essenciais, confeccionando-se assim aromatizadores pessoais.
Essa prática teve o objetivo de resignificar o objeto “cápsula” para os usuários e realizar os cuidados em saúde e saúde mental através da inalação dos óleos essenciais ajudando em sintomas de ansiedade, depressão, uso abusivo de substâncias psicoativas, questões de ordem respiratórias e outros. A prática teve uma ótima aceitação nos territórios por também proporcionar discussões sobre conhecimentos ancestrais da utilização das ervas e relatos importantes de vínculos afetivos com familiares que faziam chás e repassavam conhecimentos da medicina popular e fitoterapia.