Resumo
Na dinâmica do processo de trabalho da equipe de Consultório na Rua (eCR) faz-se necessário constante renovação das metodologias de organização, do serviço e das estratégias de cuidado e de territorialização. Propõe-se relatar a experiência de gerenciamento de um Consultório na Rua. Assim, a organização é feita de forma subjetiva e objetiva, semanalmente e considerando a dinâmica do território com Encontros na Rua, por meio de campos fixos (diurnos e noturnos) e itinerantes nos territórios e Acolhimento na USF ou UBS, onde a eCR está lotada. A eCR atua enquanto Matriciador na APS e RAPS, deste modo, realizar o Cuidado Ampliado a Saúde em contextos em que coexistem a discriminação com as pessoas em situação de rua convoca frequentemente a equipe a repensar as estratégias de cuidado e intervenções extra muros da USF, na Rua e para Rua, mesmo com as circunstâncias de: condições do tempo instável, insalubridade e periculosidade, dinâmicas e agravos que ocorrem com a população vulnerável.
Mobilizando assim, Flexibilidade, Resiliência e adaptação nas(os) trabalhadoras(es) para oferecer cuidados de qualidade nestas condições de Trabalho em Saúde. A referência e contra-referência entre os dispositivos de saúde, se torna um desafio contínuo quando a APS e RAPS não tem implantação e cobertura efetiva nos territórios. Portanto, é essencial fortalecer a articulação entre os serviços e aumentar o investimento em recursos humanos, infraestruturas adequadas, implantação de serviços de saúde para melhoria da cobertura e territorialização. Bem como investir e garantir momentos de qualificação, de forma permanente sobre Equidade em Saúde.