Resumo
Em Joinville SC, o CAPS II está buscando integrar-se à comunidade, possibilitando aos usuários se inserir nos espaços do território e aos usuários que lá residem, a possibilidade de prevenir agravos à sua saúde mental. A autora sugere a criação de grupos comunitários na atenção básica (UBSF). A experiência foi motivada a partir de certa inquietação, pois durante anos de trabalho em CAPS, se percebe que o modelo manicomial, por vezes, é repetido, e atividades extramuros, pouco exploradas. O objetivo é trabalhar com a saúde mental no território de fato, nos bairros onde o indivíduo reside. Inicialmente a coordenação e equipes de UBSF são mobilizadas.
Entre os participantes do grupo, a terapeuta ocupacional do CAPS, equipe de enfermagem, agentes comunitários de saúde e o usuário que recebeu alta do CAPS (morador do bairro) que se dispõe a desenvolver monitoria do grupo. A modalidade de grupo, é definida pelos participantes durante os encontros. São grupos de convivência que podem utilizar recursos como a expressão/fala, jardinagem, atividades físicas, artesanais, e recreação. Estes encontros podem ser realizados no espaço da UBSF ou comunitários. O propósito desta experiência é oportunizar o entendimento da comunidade sobre saúde mental, trabalhar prevenção, evitar recidivas e retorno do usuário de alta para o CAPS além de romper com o estigma da loucura e do preconceito.
Pretende-se oportunizar ao usuário do SUS, sentir-se pertencente ao seu território, favorecer a formação vínculos, receber apoio, troca de experiências e propiciar a melhora da saúde mental e qualidade de vida dos envolvidos.