Resumo
A obra de Solange, convivente do CCRS que trabalha com máscaras de cerâmica, revela uma profunda poética que transcende a ausência de membros como olhos, boca e nariz. Essas máscaras, adornadas com grafismos como linguagem, tornam-se um veículo poderoso de expressão. Elas refletem a complexidade da identidade e das emoções, permitindo uma comunicação que vai além das palavras. A arte de Solange pode ser relacionada ao conceito de arte nayfi, que explora a autenticidade e a subjetividade, muitas vezes desafiando convenções estéticas.
Assim como a arte nayfi, as máscaras de Solange incorporam uma visão única do mundo, onde as formas e os desenhos não apenas embelezam, mas também contam histórias e expressam sentimentos. A escolha de não representar traços humanos convencionais pode sugerir uma busca por liberdade e uma reflexão sobre a condição humana, convidando o espectador a uma interpretação mais profunda. Essas máscaras, portanto, não são apenas objetos artísticos; são portadoras de uma narrativa pessoal e também coletiva, que dialoga com a experiência da saúde mental e a necessidade de conexão. A combinação de cerâmica e grafismo se transforma em uma linguagem visual que oferece um espaço seguro para a manifestação de sentimentos muitas vezes silenciados. A autenticidade dessa expressão de traços únicos revela a essência das mascaras feitas por Solange.