Resumo
O ano foi 2012. Na época , eu compunha o quadro de servidores da Gerarte 1 (Associação de Trabalho e Geração de Renda da Saúde Mental de Goiânia), como Arteterapeuta e instrutora na oficina de tecelagem, onde me encontro até o momento. Surgia, neste período, no Centro de Convivência Cuca Fresca, o bloco de percussão Desencuca, sob a batuta de Thiago Verano, que usava objetos reaproveitáveis (latas, galões, etc…) como instrumentos musicais. Como sou ligada à música, me interessei em participar dos ensaios. Desses encontros nasceu a ideia de realizarmos o primeiro carnaval de rua da saúde mental de Goiânia e sentimos a necessidade de termos uma canção que identificasse nosso bloco. Por ter experiência em composição de marchinhas carnavalescas, fui convidada para a missão de compor a música. Nasceu, então, “Cois’ de lôco”!
Em 2013, aconteceu o primeiro carnaval de rua da Saúde Mental, com a participação maciça dos usuários e trabalhadores da RAPS. Ocupamos ruas e praças com a nossa música, nossa voz, nossas cores e fantasias, compartilhando estes espaços com a comunidade e transeuntes, que se juntaram ao desfile numa celebração da alegria, da liberdade e do respeito à diversidade. Após este evento, o Bloco Desencuca criou identidade e representatividade e se fortaleceu enquanto grupo musical. E a marchinha “Cois’ de Lôco” se transformou em hino da saúde mental, sendo cantada em encontros, pelo país à fora, cumprindo a missão da música, que é “estabelecer conexões significativas, gerando emoções, reflexões e experiências compartilhadas”.