Resumo
A ideia do ambulatório voltado à população LGBTQIAPN+ surgiu de um serviço que já existe, o ambulatório trans da UFMS, mas pensando em ampliar essa oferta a mais pessoas. Porém, para termos um ambulatório transexualizador, precisaríamos de uma equipe mínima, com médicos clínicos, psicólogos, além de oferecer aos pacientes os hormônios necessários desse processo e isso não era possível no momento. Portanto, resolvemos ampliar esse atendimento, não só à população trans, mas para toda público LGBT+.
O nosso atendimento é apenas acompanhamento e tratamento psiquiátrico, mas o intuito é que esse serviço cresça, oferecendo também atendimentos especializados na área clínica geral, ginecológica, urológica, endocrinológica, psicológica, para que essa população tenha um centro de referência, onde possa ser atendida de forma integral e todos esses setores conversando entre si. Até por isso, a escolha do nome SEGÊ, ambulatório de Sexualidade e Gênero, deixando mais amplo, não limitando só a um ambulatório de saúde mental. O estresse de minorias sofrido por essa população justifica o fato de pensarmos em um serviço livre de preconceito, especializado e acolhedor.
Desde que iniciamos o ambulatório, já notamos pacientes que buscaram o serviço por se sentirem mais acolhidos, respeitados e podendo se abrirem mais, impactando positivamente no tratamento. Além dos atendimentos, também estamos realizando capacitações com funcionários da saúde do município, levando informações sobre identidade de gênero, orientação sexual, tipos de transições (social, hormonal e cirúrgica) e vemos o quanto a maioria ainda tem dúvidas sobre conceitos básicos, mostrando a importância da realização dessas atividades.