Resumo
O projeto tem como princípio as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e da Reforma Psiquiátrica e da atenção psicossocial, por meio da aposta no cuidado em saúde mental em liberdade e respeito à autonomia terapêutica dos indivíduos. O projeto propõe o letramento dos estudantes de psicologia e dos profissionais da RAPS para atender as demandas e diversidades de encontros com as pessoas e suas diferenças, com enfoque para a população negra e indígena.
Por contracolonização, adotamos o entendimento do Nêgo Bispo que visa “todos os processos de resistências de lutas em defesa dos territórios dos povos contracolonizadores, os símbolos, as significações e os modos de vida praticados nesses territórios” (SANTOS, 2015, p.48), territórios como as favelas e periferias, nos quais habitam a maioria da população negra e indígena de contexto urbano; as aldeias indígenas e os quilombos.
Esse projeto se constrói com a Universidade Indígena Pluriétnica Aldeia Maracanã, Centro de Convivência e Cultura da Zona Oeste (CECCOZO) Fazendo Arte, Quilombo Dona Bilina e UNISSUAM-RJ. Objetiva integrar a universidade à comunidade externa; nossas ações acontecerão em formato de sermos acolhidas (os) nos territórios afropindorâmicos e, a partir desses encontros, produzirmos perspectivas de acolhimentos em cuidar/cuidados ancestrais direcionados a rede intra e intersetorial das políticas públicas diversas e construção de uma cartografia social de: aldeamentos, aquilombamentos, terreiros de matrizes africanas e demais espaços ancestrais de convivências comunitárias nos territórios do CECCOZO e da Universidade Indígena Pluriétnica Aldeia Maracanã.