Resumo
Si può fare! Nos diz Giulio Manfredonia em seu filme de 2008 que versa sobre cooperativismo e reforma psiquiátrica na Itália. Pequenas peças produzidas em mosaico, unidas singularmente compõem uma obra viva e desenham essa história transversalizada pela arte e pela cooperação. Em tal experiência o campo de interação saúde mental e cooperativismo impulsiona outras formas de estar no mundo.
Baseando-se em práticas que se nutrem do ‘saber fazer’ desenvolveu-se no CAPS AD III Amanhecer, Canoas -RS, de 2016 o fomento de um Coletivo de Economia Solidária. O Coletivo focou-se inicialmente na produção artesanal de Sabão Ecológico e expandiu-se para a confecção de artesanato, produções artísticas e Oficina de Padaria que resultou no produto Pão dos Nóia.
Os objetivos do projeto foram promover a reinserção social de usuários e usuárias através da geração de trabalho e renda; realizar formações em economia solidária e praticar novas formas de sustentabilidade. Ao longo do projeto observou-se a compreensão dos princípios da Economia Solidária e da autogestão e uma maior organização dos sujeitos no que tange a sustentabilidade, bem como a valorização da solidariedade e do trabalho em grupo.
A experiência produziu singularidades, contribuiu para a contratualidade, para a construção de vínculos e para o protagonismo dos usuários. Além disso, geraram novas oportunidades e possibilidades organizacionais para pessoas em uso abusivo de álcool e outras drogas, reduzindo o estigma e o preconceito, reconhecendo suas singularidades e redefinindo as relações sociais e econômicas concomitantes às relações afetivas e produtivas.
