Resumo
Quando trabalhei num Caps Infantil como assistente social, adotei a Arte como estratégia de cuidado, autoconhecimento e autocuidado em saúde mental. Lá criamos o Em_Capsi-Lê: um Clube de Leitura e Escrita literárias: me descobri poeta e escrevi a poesia Encapsular-se, no momento do advento da Pandemia, para chamar a atenção para a importância do autocuidado e proteção (cuidando do Corpo, da mente e do coração). Implantamos a Oficina de Contos, a partir da qual escrevi um livro colorível, com o intuito que fosse um instrumento de expressão, acolhimento e ânimo ao alcance das mãos. Mantínhamos uma geladeira com livros no pátio do serviço, para que crianças e adolescentes pudessem escolher que livro gostariam de ler/levar emprestado.
Realizamos mediações de leitura durante atendimentos individuais e/ou grupais, doações de livros, varal literário nos eventos, ornamentamos uma árvore com livros no pátio do serviço visando ampliar a prática e o gosto pela leitura; Foi também, instituído um grupo cujo objetivo, era ser espaço de escuta qualificada e acolhimento, sem julgamentos, estimulando aos adolescentes à livre expressão artística: o “Se faz sentir, faz sentido”… Expressar! Muitos foram os relatos de melhora do quadro de ansiedade e comportamento autolesivo. Naquela época ainda, adotamos também “as Cápsulas de Poesia” (afeto encapsulado) como uma mediação de leitura e estímulo à leitura e à escrita, que fazemos uso até hoje, visto que ao me desligar daquele espaço laboral, criamos um Coletivo Sociocultural para continuar ampliando o cuidado e a convivência, através de diversas intervenções comunitárias.
