Resumo
No Brasil, após a Reforma Psiquiátrica houve a necessidade de novas formas de pensar e fazer saúde mental em que abrangesse a dimensão psicossocial do sofrimento, surgindo assim, os trabalhos grupais como referência de estratégia do cuidado dos serviços substitutivos, como nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Na cidade de Alvinópolis-MG, no intuito de efetivar o CAPS municipal, contratou-se um supervisor clínico institucional para orientar e supervisionar a implantação do serviço. É neste cenário que encontrou-se os segmentos da rede de saúde mental do município funcionando de forma isolada, esbarrando direta e indiretamente na efetivação do serviço especializado.
Dessa forma, além da estruturação do CAPS, as supervisões clínicas tem como foco a reestruturação do serviço de psicologia da atenção primária à saúde, visto inicialmente o grande número de encaminhamentos ao referido serviço em fila de espera e o atendimento psicológico até então pautado na prática clínica privada. O grupo de acolhimento e avaliação surge como uma proposta de diminuição da fila de espera, bem como um processo que visa a triagem das demandas expostas nos encaminhamentos para melhor direcionamentos aos serviços já disponíveis na rede de saúde mental e nos serviços que posteriormente foram criados após a identificação das demandas através do grupo.