Resumo
Ao definir estratégias para o enfrentamento dos problemas gerados pelo uso abusivo ou prejudicial de álcool e outras drogas, primeiramente deve-se compreender que o uso abusivo de drogas afeta todos do núcleo familiar, pessoa usuária e seus familiares. Desta forma, a promoção do cuidado em saúde mental deve ser direcionada a todos os envolvidos, tanto para a pessoa usuária quanto para seus familiares, com intervenções que promovam redução de danos, enfrentamento da fissura, prevenção de recaída e abstinência. Além disso, deve-se reforçar a atenção em relação à autocuidado e cuidado, fortalecimentos de vínculos, gênero, etc. Mas de que forma realizar intervenções com familiares se muitos não acessam o serviço de saúde mental?
É necessário considerar que as pessoas usuárias e seus familiares que acessam o CAPS AD vivenciam em seu cotidiano situações de vulnerabilidade, inclusive financeira, que de certa forma dificultam ou inviabilizam a continuidade da participação de familiares nas atividades do CAPS AD. A partir disso, foi preciso identificar métodos de abordagens que promovessem a participação dos familiares, principalmente para aqueles que residiam nos bairros mais vulneráveis do Município de Guaíba–RS. Assim sendo, em parceria com as Estratégias Saúde da Família (ESF) dos Bairros Primavera e São Francisco, ocorreu a implantação de dois grupos de familiares nos territórios. A presente apresentação tem como finalidade desenvolver breve relato de experiência sobre a implantação e execução dos grupos de familiares realizados nos territórios do município de Guaíba. Os encontros ocorrem semanalmente, com a participação ativa de todos, e acolhimento é aberto.