Resumo
A Residência Terapêutica do Limoeiro-PE constitui-se uma casa mista com 10 moradores, dentre estes, duas mulheres que despertam a rotina para uma dinãmica , onde a arte e o feminino precisam ser valorizados. Sendo assim, a RT II foi, ao longo dos meses, após mudança de casa para um espaço central da cidade, constituindo-se como uma moradia que possuia cada ambiente da casa inundado de arte e poesia. Inicialmente, observou-se resistência da equipe de apoio, por entender que os objetos decorativos poderiam ser danificados pelos moradores mais comprometidos cognitiva e clinicamente, por se tratar de um SRT tipo II. Entretanto, a condução técnica enfatizou a necessidade de se trabalhar com os moradores a conservação dos espaços e a contemplação do belo.
E caso houvesse alguma arte ou objetivo danificado, seria realizada reposição e orientação. Nada seria instituído como forma de impedir a construção coletiva de ambinetes afetivos e acolhedores. Os moradores aceitaram muito bem a construção dos espaços e fizeram questão de mostrá-los aos familiares, vizinhos e visitantes da casa. E assim, o sentimento de pertecimento desse novo morar é solidificado. É de suma importância que uma RT tipo II se mantenha como uma moradia acolhedora, considerando-se que o perfil dos moradores é mais comprometido, correndo-se o risco de aproximar a ambiência a uma instituição e não de um lar acolherdor. “Aqui é o nosso LAR” é o objetivo maior da desinstitucionalização desses moradores