Resumo
O presente trabalho é o relato de experiência de uma articulação intersetorial entre o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS i) e o Centro Municipal de Paradesporto “Professor Cid Torquato”. Com as discussões chegou-se a proposta de uma oficina de práticas corporais com um grupo de adolescentes do CAPS i que apresentavam prejuízos significativos de comunicação e interação social. Em julho de 2023, a oficina iniciou com 8 adolescentes e coordenação dos profissionais do CAPS infantil (terapeuta ocupacional e psicóloga) e do Paradesporto (Educador Físico).
A partir das vivências e exercícios da prática esportiva, o basquete foi ganhando a preferência dos adolescentes, evoluindo para a formação de um time. Atualmente integra usuários do Paradesporto e do CAPS infantil com 20 participantes. Nos treinos, os adolescentes realizam exercícios que contribuem para a aquisição e aprimoramento de habilidades motoras, sociais e cognitivas, entre outras. Observou-se desenvolvimento habilidades locomotoras, estabilizadoras , manipulativas, tonicidade, lateralidade, da comunicação, interação social, percepção, aprendizagem, atenção, memória, linguagem, compreensão, raciocínio, planejamento, empatia, fazer e manter amizades, manejar conflitos, afetividade e espontaneidade nas relações.
Conclui-se que a prática do basquete foi uma ferramenta terapêutica para a promoção da saúde mental, desempenhando um papel importante no processo de reabilitação psicossocial, promovendo um ambiente estruturado onde os indivíduos podem se engajar socialmente, desenvolver habilidades, trabalho em equipe, autoconfiança, autoestima. Essa convivência dos adolescentes com os outros participantes, proporcionou também a formação de uma rede de apoio e inclusão traçando novas possibilidades e caminhos no itinerário dos adolescentes e das famílias.
