Resumo
Relato de experiência da oficina de Roda de Samba do Caps Ad Mane Garrincha: as oficinas acontecem no CAPS há mais de 16 anos e, atualmente, é coordenada profissionais (assistentes sociais, musicoterapeutas, oficineiros). Vemos a conexão desse território com o samba e com os usuários trazendo esse vínculo para relação familiar, que se conecta com a tradição da região que estamos localizados, ou seja, várias escolas de samba, tais como: Vila Isabel, Mangueira, Salgueiro, Unidos da Tijuca, Salgueiro, etc.
Acreditamos que ter um musicoterapeuta possibilita fortalecer as potencialidades que a arte possui e trazê-la para a construção de um cuidado pautado na cidadania e protagonismo dos participantes, trazendo uma relação de pertencimento dos usuários que compõe essa oficina. A arte possibilita construção de uma outra identidade, saindo o conteúdo moral do “usuário de drogas” para a legitimidade enquanto artistas. Isso num perfil de usuários majoritariamente de homens negros, desviando desse estereotipo de agressividade.
Atualmente, a oficina acontece semanalmente e é aberta a todos que queiram participar, sabendo tocar ou não instrumentos, sendo parte do nosso trabalho ampliar isso para espaços da saúde, da educação, assistência social e etc. Além do convite para apresentação com outros serviços em eventos da saúde mental, a assistência social potencializa o trabalho intersetorial e intrasetorial. Os usuários respondem com comprometimento mantendo a assiduidade também nessas atividades externas. O desafio do trabalho está na sustentação de uma atividade coletiva no meio a tantas demandas, além dos desafios da relação entre eles, na efetivação de um comprometimento coletivo com essa oficina.
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