Resumo
Sou assistente social, residente do Programa de Saúde Mental, meu cenário de prática atual é o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD III). Faço parte da equipe multiprofissional do serviço como técnica de referência. Neste período atuando no CAPS AD III venho observado a arte como uma grande aliada na produção de cuidados em saúde. Um mecanismo potente de construção de saberes e vínculos com os usuários. A imagem apresentada retrata um cartaz produzido em um grupo chamado “Criativamente”, grupo conduzido, na época, por uma colega residente, chamada Marcélia. O cartaz faz parte dos materiais produzidos em uma oficina de cartazes para o dia 18 de maio, dia da Luta Antimanicomial.
No início da oficina falamos sobre a história da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica no Brasil, enfatizando a importância desta luta para as práticas de saúde mental atuais. No cartaz estão algumas frases recortadas pelos participantes da oficina. Ao centro, ocupando a maior parte do cartaz está uma árvore desenhada por eles, e colorida com tinta guache, onde utilizaram os polegares para formar uma bela árvore colorida, que representa a colaboração e união. Esta atividade me trouxe a reflexão sobre o formato de saúde mental que queremos, pautado na liberdade, autonomia e participação social. E me lembrou da frase de Nise da Silveira, ao afirmar que: “O que melhora o atendimento é o contato afetivo de uma pessoa com outra. O que cura é a alegria, o que cura é a falta de preconceito”.