Resumo
A pandemia trouxe desafios significativos para a saúde mental devido aos seus impactos globais. As buscas na internet por temas como ansiedade, medo e ajuda aumentaram. Em São Paulo, o isolamento social, o luto e o medo criaram um cenário preocupante. A saúde mental do estado se deparou com o desafio de proporcionar acesso para a população, enquanto desenvolvia alternativas de cuidado para os vulneráveis que não podiam frequentar os serviços presencialmente. Foi nesse contexto que o Programa Autoestima surgiu, desenvolvido a partir de uma parceria com instituições como SEBRAE, IPT, USP, UNIVESP, COSEMS, entre outras.
Estabeleceu o desenvolvimento de uma plataforma solidária e integrada para a saúde mental, coordenada pela área técnica de saúde mental da SES, que oferecia capacitações aos profissionais de saúde e acolhimento aos cidadãos, sem envolver transferência de recursos financeiros entre as instituições parceiras. O Programa Autoestima atuou em duas frentes principais: para o público em geral, compartilhou informações de qualidade e conteúdos educativos; para as equipes de saúde, ofereceu capacitações online e qualificações para o atendimento breve online, no período foram 72.852 usuários inscritos e 633.365 visualizações.
A qualificação incluiu 700 profissionais de saúde, através de cursos coordenados pelo IP/USP, e minicursos oferecidos em parceria com outras instituições, totalizando 2.991 inscritos e 1.160 certificados, as webconferências foram assistidas por 24.911 pessoas. O desenvolvimento da plataforma promoveu discussões sobre saúde mental em diferentes setores, proporcionou trocas de experiências entre profissionais, ampliando o alcance do cuidado em saúde mental no estado e fortalecendo a RAPS.