Resumo
Este texto tem como objetivo localizar o papel do Articulador de Território, categoria inserida no Centro de Referência em Saúde Mental Infanto-Juvenil (CERSAMI), como parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Belo Horizonte. Pretende-se mapear as atividades desses profissionais e reafirmar a importância do cuidado em liberdade, seguindo os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, bem como a articulação com o território como ponto-chave para o tratamento. Destacamos, assim, o fazer dos articuladores de território, categoria inserida a partir do PAD AD (Projeto de Atenção Domiciliar – Álcool e Drogas), pensado como uma modalidade de cuidado e promovendo o elo entre o usuário e as possibilidades de inserção no território.
Para tanto, bordejamos o conceito de articulação de território, a partir da prática vivenciada no CERSAMI Nordeste, entendendo como multifacetado e podendo variar dependendo do contexto em que é utilizado: espaço pessoal, social e comunitário, institucional. Desde a implantação do projeto, muitos usuários foram beneficiados por meio de articulações que contribuíram para o desenvolvimento da autonomia, a ampliação da rede de relações, a efetivação de direitos, o desenvolvimento da cidadania e a continuidade do cuidado em território.
