Resumo
Com a publicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Estado assume a necessidade de instituir mecanismos de enfrentamento ao racismo institucional no SUS. O racismo causa impactos danosos, afetando os níveis psicossociais das pessoas negras, podendo levar inclusive ao suicídio. A PNSIPN reafirma a responsabilidade do SUS na garantia do acesso da população negra a ações e serviços de saúde, de forma equânime, oportuna e humanizada.
Assim, a Secretaria da Saúde compôs um grupo cogestor com os Departamentos da Atenção Básica e da Saúde Mental, trabalhadores da Atenção Básica, dos CAPS e coletivos negros locais, que reúne-se mensalmente, desde 2021, articulando-se em três frentes de trabalho: mobilização da comunidade para o enfrentamento das violências relacionadas aos marcadores sociais de classe, raça/cor, gênero/sexualidade: realização de campanhas antirracistas e de valorização das culturas negras; ampliação dos espaços de educação permanente visando a qualificação do cuidado ofertado para populações negras: realização de oficinas formativas e culturais para trabalhadores do SUS e demais políticas públicas, abertas ao público e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde das Populações Negras: instituição do AQUILOMBASUS – Encontros de Trabalhadoras/es Negras/os da SMS, espaço identitário e de articulação política.
A contratação dos coletivos, a ação dos participantes, a abertura dessas atividades ao público geral e a estratégia do aquilombamento dos trabalhadores desempenharam papel crucial na transformação das práticas cotidianas, ampliando o olhar sobre as desigualdades raciais e a necessidade do enfrentamento do racismo.
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