Resumo
Minha experiência com o tratamento da minha filha, Emanuelle, que começou aos 9 anos, é realmente transformadora. Ao enfrentar transtornos de comportamento e sofrimento psíquico, iniciei uma jornada no Capsi de Nova Iguaçu e, após nossa mudança para Jacarepaguá, no Capsi Eliza Santa Rosa, na Taquara. Lá, fui convidada a participar do grupo de Suporte entre Pares, onde encontrei apoio, acolhimento e uma escuta atenciosa de outros familiares. Esse grupo permitiu que eu compartilhasse dúvidas, angústias, dores e sofrimentos, criando um espaço de troca e entendimento mútuo. A importância desse suporte foi fundamental para lidar com o cuidado da minha filha, mostrando que a troca de experiências e o apoio são essenciais.
O projeto “Suporte entre Pares” mudou minha vida pessoal, familiar e profissionalmente. Fui convidada a fazer parte do projeto, o que me trouxe de volta ao mercado de trabalho e permitiu que eu ajudasse outras pessoas com minha vivência familiar. Minha filha, agora com 15 anos, continua em tratamento no Capsi, e eu consigo manejar o cuidado dela enquanto colaboro com o projeto. O trabalho do Suporte entre Pares é crucial no cenário infanto-juvenil, pois foca no cuidado dos familiares das crianças e adolescentes atendidos, com um olhar humanizado para além das questões clínicas. Compartilhar minha experiência nos encontros é um momento rico de troca, apoio e acolhimento, fortalecendo os vínculos com os responsáveis e contribuindo para um Plano Terapêutico Singular (PTS) mais potente para os pacientes e seus familiares.