Uma experiência colaborativa para a Atenção Psicossocial de crianças e adolescentes em situação de rua


Autor(es): Franco de Mattos Lima, Leandro França Pacheco, Solanne Gonçalves Alves, Alexandra Marques Amorim

UF/Cidade: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

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Período: 2018 – 2023

Instituição/Serviço: CAPSi II CARIM

Público: Usuários – crianças ou adolescentes

Articulação RAPS: CAPSi III, CAPSad II, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Equipes de Consultório na rua (CnaR)

Articulação com outros setores: Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Abordagem dedicada (equipamento da Assistência Social), Unidades de Reinserção Social (URS), Conselhos Tutelares, Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas (PROINAPE)


Resumo

A ações colaborativas entre a rede intersetorial para atenção psicossocial de crianças e adolescentes em situação de rua se desenvolveram no território de um Centro de Atenção Psicossocial infantojuvenil (CAPSij) da cidade do Rio de Janeiro, envolvendo as equipes deste CAPSij e de outros dispositivos do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), como atenção básica, assistência social e conselho tutelar. As “ações poprua”, como foram denominadas, consistiam em um trabalho semanal, conjunto, quando as equipes saíam para identificar as pessoas em situação de rua no território, (re)conhecê-las, construir vínculos e ofertar cuidado.

A rede que se formou realizava reuniões regulares para discutir casos e pactuar estratégias de ação. Construiu-se uma metodologia de trabalho que considerava as razões de cada pessoa para estar em situação de rua e buscava contemplar sua singularidade em termos de necessidades de cuidado. Neste processo, a rede se aproximou de uma família que, há pelo menos três gerações, vivia majoritariamente em situação de rua. Uma família negra, de base matriarcal, cujas adultas cuidadoras (avó e mães) eram analfabetas. Com uma direção ampliada, colaborativa e intersetorial de cuidado, junto dos demais equipamentos do SGDCA, o CAPSij pôde acompanhar e construir projetos terapêuticos (e de vida) singulares, tornando o serviço um ponto de acolhimento e confiança para cada criança, adolescente e suas mães.

Áudio

Palavras-chave: Atenção Psicossocial, Colaboração Intersetorial, Direitos da Criança e do Adolescente, pessoas em situação de rua, Redução do Dano

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