A primeira reflexão diz respeito à ordem dos critérios. Embora na etapa de elaboração da matriz, tenha sido definido organizar os critérios em ordem alfabética (com o intuito de manter o objetivo multidimensional da matriz e não fragmentá-la a partir das áreas de ergonomia, educação e saúde), na prática, a ordem aleatória não facilitou o preenchimento dos dados. Uma possível solução para isto seria adotar uma ordem dos critérios conforme a profundidade de análise, começando pelos itens mais superficiais e terminando pelos critérios que demandam uma análise mais profunda.
Uma segunda questão está relacionada à medida da avaliação. A matriz tem como objetivo fazer uma análise qualitativa de um módulo educacional. De toda forma, questiona-se: Seria necessária uma escala quantitativa para apresentar o resultado da avaliação? Nesse caso, considera-se a possibilidade de utilizar alguns sistemas de avaliação que usam escalas de medidas ou pontos por critério, a fim de quantificar a avaliação e poder afirmar quando um curso autoinstrucional é bom ou não. Neste caso, isto exigiria uma pesquisa suplementar a fim de estudar qual seria a melhor escala, assim como a forma mais pertinente para aplicá-la à matriz desenvolvida.
A terceira reflexão refere-se ao tempo de preenchimento da matriz. Observou-se que responder a todas as perguntas da matriz foi uma tarefa trabalhosa e que demandou tempo (em média de 1h30). Porém, o objetivo desta ferramenta foi justamente propor um instrumento de aplicação simples e para ser usada por um público não especializado. Nesse aspecto, a matriz não cumpriu o seu papel, já que esperava-se uma ferramenta capaz de permitir uma visão rápida em relação à qualidade do módulo educacional. Para poder reduzir o tempo de análise, uma possibilidade a ser avaliada é aglutinar as sub-perguntas dos critérios.
No que diz respeito aos próprios critérios da matriz, é importante ressaltar que identificou-se que nem todos os critérios são aplicáveis a todos os cursos ou apenas analisados apenas da perspectiva da oferta. Para isto, recomenda-se que as futuras versões analisem os critérios relacionados aos aprendizes a partir de usuários-teste, por meio de um questionário ao final do módulo ou, ainda, por outro sistema de avaliação.
De toda forma, a primeira análise requer a complementaridade de outras avaliações e testes, contemplando todos os atores envolvidos nos módulos educacionais. Essas avaliações complementares, que serão demonstradas na segunda e terceira fases de validação, permitirão uma visão mais global dos módulos. Contudo, a avaliação dos módulos educacionais pode ser considerada como bem- sucedida para o processo de validação da matriz analítica em questão, cumprindo assim a fase prevista em seu processo de construção.