Resumo
Na Oficina da Diversidade, nós trabalhamos e exercitamos o respeito à todas as diferenças. Falamos sobre questões que atravessam a vida dos nossos usuários em sociedade, como racismo, intolerância religiosa, xenofobia e violência de gênero, por exemplo. A oficina nasceu a partir de um incômodo nosso de como assuntos tão importantes e necessários não eram abordados com os usuários e equipe, e isso se expressava através de falas e ações LGBTfóbicas, destacando aqui a homofobia e transfobia, racistas, etaristas e intolerantes às diferenças que fugiam do padrão esperado pela sociedade machista, patriarcal, catequizada e heteronormativa em que estamos inseridos.
Durante a trajetória da oficina, dentre outros, podemos citar duas ações realizadas com os usuários: O dia em que falamos sobre etnia cigana e o dia da pintura da bandeira que representasse a oficina, onde colocamos um símbolo centralizado que pertence ao alfabeto adinkra que simboliza a democracia. É formado por crocodilos siameses ligados pelo estômago. Este símbolo traduz a unidade na diversidade. Os adinkra são um sistema de símbolos da tradição africana que transmitem ideias, conceitos e saberes. Cada símbolo está associado a um provérbio ou ditado.
A palavra “Adinkra” vem da língua acã, onde “adin” significa “adeus” ou “despedida”, e “kra” significa “caixa” ou “recipiente”. Hoje a oficina acontece às sextas-feiras, às 14 hrs, com tempo médio de duração de 1:20 hora, de forma aberta.