Bem Viver e Saúde Mental: Práticas Interculturais


Autor(es): Raynara Araújo Evangelista, Dirlene Ferreira Hilário e Cristiane Ferreira da Silva

UF/Cidade: Amazonas – Tabatinga

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Período: Desde 01/2020

Instituição/Serviço: DSEI-ARS

Público: Usuários – crianças ou adolescentes, Trabalhadores e trabalhadoras da RAPS, Família/comunidade

Articulação com outros setores: Educação – Escola Municipal Indígena Marechal Rondon


Resumo

O relato de experiência aborda a promoção da saúde mental entre populações indígenas no Alto Solimões, região de tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, sob a coordenação do DSEI-ARS. A abordagem intercultural integra práticas de medicina indígena com estratégias de atenção psicossocial, buscando fortalecer a autonomia e o protagonismo das comunidades. O objetivo é descrever as ações das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) entre 2021 e 2024, destacando iniciativas como o fortalecimento de vínculos comunitários, acompanhamento de usuários em uso de psicotrópicos, usuário de álcool ou drogas e implementação de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS).

As ações incluem visitas domiciliares, oficinas com pajés, reuniões comunitárias e capacitação de jovens como multiplicadores em saúde mental. Dentre os desafios identificados a violência entre jovens são enfrentados por meio de atividades de lazer e educação em saúde, que ajudam a reduzir comportamentos de risco e fortalecer laços comunitários. Apesar das dificuldades administrativas e sobrecarga de demandas, a experiência evidencia a importância da integração de práticas interculturais e do respeito aos saberes locais, promovendo um modelo de atenção que favorece o Bem Viver nos territórios indígenas. Assim, as equipes demonstram que, mesmo diante de desafios, é possível avançar na promoção da saúde mental de forma inclusiva e respeitosa com as culturas indígenas.

Palavras-chave: Bem viver indígena, Povos indígenas, Promoção da saúde, Saúde Mental

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