Resumo
Durante a pandemia de COVID-19, o CAPS AD III de São José do Rio Preto-SP implementou a prática do escalda-pés para mitigar o esgotamento físico e emocional dos profissionais de saúde. Enfrentando uma rotina intensa e desafiadora, agravada pela pressão pandêmica, a equipe necessitava urgentemente de estratégias de autocuidado. O escalda-pés, introduzido de forma simples e com apoio da gerência, promoveu relaxamento e alívio do estresse, fortalecendo o bem-estar da equipe e possibilitando uma atuação mais empática e eficaz. Apesar de alguns desafios iniciais, como a resistência de parte dos profissionais e a limitação de recursos, a adesão aumentou à medida que os benefícios foram observados, com relatos de maior relaxamento e leveza no ambiente de trabalho.
A prática expandiu-se também aos usuários do CAPS, promovendo um ambiente acolhedor e fortalecendo o vínculo entre equipe e pacientes, em sintonia com os princípios da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além de qualificar o atendimento no CAPS AD III, a experiência inspirou outras unidades a adotarem práticas integrativas, promovendo uma assistência mais humanizada. O escalda-pés demonstrou-se uma ferramenta poderosa e acessível para o cuidado integral, resiliência e construção de vínculos, evidenciando a importância do autocuidado para trabalhadores e usuários em contextos de alta demanda emocional.