Redução de Danos na Rua: 22 anos garantindo essa tecnologia


Autor(es): Antonio Rinaldo Pagni e Claudemilson José do Nascimento, Maria do Carmo do Nascimento Dias, Leonardo Felipe Rocha, José Félix de Oliveira e Nilzete Aparecida Pereira Borges

UF/Cidade: São Paulo – Santo André

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Período: 06/2002

Instituição/Serviço: Unidade de Consultório na Rua

Público: Usuários – adultos, Usuários – crianças ou adolescentes, Gestores ou coordenadores do serviço, Trabalhadores e trabalhadoras da RAPS, Família/comunidade

Articulação RAPS: Caps Adulto, Caps AD, Caps i, UAA, UAI, Unidades Básicas de Saúde, Hospital Municipal, Hospital da Mulher, Centro de Especialidades Referência em Infectologia

Articulação com outros setores: Creas POP, SEAS, Vem Maria e outros serviços de assistência social, Defensoria Pública, Poupatempo


Resumo

Apesar das mudanças de gestão, podemos compartilhar a experiência de ter a Redução de Danos como Política Norteadora do cuidado, dos munícipes em Situação de Rua em nossa cidade, só mantida pelo comprovado acesso, qualidade e efetivação do cuidado. Há 22 anos as ações de Redução de Danos (RD) na rua foram iniciadas, “A partir de junho de 2002, o município de Santo André organizou suas primeiras ações de redução de danos, tendo como público principal as crianças e adolescentes em situação de exploração sexual, que, na sua maioria, o fazem em troca de facilidades para se conseguir cocaína e crack” (Silva, 2009) e há 11 anos, a Unidade de RD, se tornou o Consultório na Rua.

Conseguimos isso utilizando tecnologias leves (Merhy, 2002), com os profissionais focados no cuidado em liberdade e no desejo dos atendidos, seguindo uma abordagem de baixa exigência, que aceita, reconhece e estimula o protagonismo e a emancipação dos usuários. Sem julgamentos morais, ofertando políticas e procedimentos que visam a redução das consequências prejudiciais dos comportamentos de risco, garantindo a reinserção em seus núcleos sociais, melhorando sua qualidade de vida e o acesso a direitos fundamentais, realizando parcerias com as redes de cuidado e com os munícipes, realizando ações no território partindo da necessidade e a pedido dos pacientes e mantendo assim, o processo de construção de estratégias mais seguras, adaptáveis e eficazes de autogestão e autocuidado, incluindo o protagonismo e a emancipação de quem é conhecedor de si mesmo e do seu território.

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Palavras-chave: Consultório na Rua, Cuidado em liberdade, Cultura Terapêutica, Garantia de Direitos, Protagonismo, Redução de Danos, Tecnologias de Cuidado Leves, uso de substancias

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