Resumo
Este trabalho representa um diálogo entre políticas estratégicas, através de uma ação de promoção à saúde mental e defesa da atenção integral à saúde da população LGBT. Pensado inicialmente para celebrar o Dia Internacional do Combate à LGBTfobia, na articulação entre as Políticas de Atenção à Saúde da População LGBT e à Saúde Mental, o cordel “Ser sujeito é ser feliz”, demonstrou a potencialidade da literatura de cordel em dialogar com a cultura popular, usando uma linguagem poética e acessível para traduzir as complexas informações científicas de forma simples e lúdica, respeitando as vivências e saberes locais. O poema reflete sobre as condições de vida e as necessidades da população LGBT, sinalizando que estas, quando associadas a uma maior vulnerabilidade e menor inserção social, são espaços férteis ao sofrimento psíquico.
O material gráfico foi distribuído de forma impressa e virtual com diversos públicos, setores e contextos, levando à reflexão sobre os problemas enfrentados pela referida população e apontando para a responsabilidade da sociedade no seu acolhimento e defesa de direitos. O cordel foi utilizado em iniciativas de promoção à saúde e educação voltadas ao público LGBT. Também foi utilizado em debates sobre temas de saúde, favorecendo as trocas de saberes e experiências. A comunicação apontou para o fato de que ninguém, de forma isolada, consegue responder aos complexos problemas que atingem a vida humana. Assim, torna-se nítida a necessidade de unir forças intra e intersetoriais, para que se possa enfrentar os problemas e avançar na sua resolutividade.