GALERIA DO CICLO DE DEBATES 2020 - PARTE 2/3

A professora Lina Sandra Barreto iniciou sua apresentação de título “Trilhas de Aprendizagem & Microlearning & ARES”. Desde o início a professora chamou atenção para a importância das plataformas de acesso ao conhecimento e destacou a tríade da UNASUS, a rede colaborativa com 35 instituições, o ARES e a plataforma AROUCA. Abordou a trilha de aprendizagem, contextualizando-a, e fez uma comparação entre as trilhas e as grades curriculares, destacando que as trilhas se adequam mais aos profissionais já formados, mesmo em nível técnico, que torna o profissional protagonista na sua formação. Refletiu que a trilha é o planejado e a rota é o caminho que ele decide tomar, por isso é importante mapear as competências que se deseja desenvolver e deixar o aluno escolher as rotas de acordo com sua preferência. Além disso, definiu Microlearning, destacando seu papel fundamental nas trilhas. Por fim, apontou que o ARES, mesmo contando com diversos recursos abertos e gratuitos, permanece subvalorizado, é preciso trazer novas estratégias aos cursos da UNASUS para fomentar o trabalho interprofissional. Encerrou com uma provocação de que é possível sonhar com as trilhas de aprendizagem e humanizar os profissionais de saúde, dando voz a estes.

A professora Maria Auxiliadora C. Christofaro encerrou a mesa com diversas reflexões sobre a educação permanente em saúde e a qualificação da formação. Ao tratar de qualificação, normalmente se pensa apenas na formação do ensino superior, entretanto a professora chamou atenção para os técnicos em saúde, que não são reconhecidos como parte das “profissões da saúde”. Entende-se que o profissional técnico, embora seja reconhecido como menor, perante esses profissionais, podem saber o mesmo que estes e que seu conhecimento é mais do que apenas “noção”. A natureza do trabalho em saúde é um processo coletivo, interativo e dialógico, e deve ser baseado na transversalidade de ações e processamentos e na cogestão, que contemple especificidades, interprofissionalidade e multiprofissionalidade. Por fim, afirmou que é necessário entender a natureza do processo educativo, fazer uma análise coletiva do trabalho, ir ao território e criar trilhas que nos permitam viver trajetórias, ampliar o acesso e orientar o processo de formação.

O segundo dia de webnário foi iniciado sob mediação da pesquisadora da Fiocruz Brasília, Kellen Gasque, integrante do Projeto Mar Aberto. O projeto se construiu sob três metas, e Kellen abordou o resultado da meta 2 “Construção e validação da Matriz Analítica para avaliação de módulos educacionais auto instrucionais”. Tal iniciativa surgiu do desejo de disponibilizar ofertas de qualidade. A matriz foi elaborada para verificar se houve o alcance dos objetivos de aprendizagem dos aprendizes, definido como ator principal do processo. Assim, foi realizado um estudo criterioso sobre os referenciais teóricos de avaliação e, a partir daí, surgiu um instrumento que responde aos critérios de qualidade em torno dos campos da ergonomia, saúde e educação. Kellen apresentou também as etapas de desenvolvimento da matriz: construção, primeira validação, segunda validação, terceira validação e elaboração de um sistema/aplicativo web.

Em seguida, a convidada Bárbara Bontempo abordou o tema de Avaliação Participativa, que se inicia a partir da avaliação democrática de instituições escolares, na década de 70. Apontou que na escola não se deve somente aprender sobre democracia, mas sim vivenciá-la. Nesse sentido, se a escola pratica avaliação participativa, porque o profissional no âmbito público não faria? Refletiu que ao responder um questionário, um aluno não aplica seus valores, mas sim, responde aos valores criados por quem idealizou tal questionário. Assim, para dar significado ao instrumento, na perspectiva do profissional respondente, é preciso que a instituição colete, organize, monitoramento e disponibilize os dados. É importante significar e qualificar os dados, gerando recomendações para melhoraria a ofertas formativa mais qualificadas. Concluiu que é preciso estabelecer uma escuta ativa e qualificada permanente ao longo do processo formativo.

Encerrando o terceiro debate, a professora Gardênia da Silva Abbad reafirmou a importância da escuta qualificada e de diferentes fontes de avaliação, pois o conteúdo pode ser excelente para um grupo e não para o outro. Pontuou que a primeira questão que precisa ser feita na avaliação é “Quais resultados eu quero impactar? Não basta perguntar se o usuário está satisfeito ou se aprendeu, é importante entender se ele produziu inteligência para se desenvolver profissionalmente. Quando e como essas informações devem ser mensuradas? A educação permanente é a maneira de provar que os egressos evoluíram depois da formação. Com o advento das tecnologias, quanto os nossos cursos são interativos? São apenas de leitura e escrita ou ofertam interação? Os modelos de avaliação analisam não somente os resultados, como também o que prediz esses resultados, e estudos afirmam que o que leva alguém a gostar de um curso, não é a mesma coisa que leva a aprender, tampouco a aplicar no trabalho. A aprendizagem depende da qualidade das metodologias ativas de ensino e do quanto são próximas da realidade.

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Ciclo de Debates 2017

Assista as mesas com diversos especialistas debatendo temas importantes no 1º Ciclo de Debates do Projeto Educação, Saúde e Tecnologias em Mar Aberto.

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Ciclo de Debates 2019

Assista as mesas com diversos especialistas debatendo temas importantes no 2º Ciclo de Debates do Projeto Educação, Saúde e Tecnologias em Mar Aberto.

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