Tecendo redes de cuidado: desafios intra e intersetorial


Autor(es): Denise Cristina dos Santos

UF/Cidade: São Paulo – Botucatu

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Período: 07/2024

Instituição/Serviço: CAPS II AD Renascer

Público: Trabalhadores e trabalhadoras da RAPS, Usuários – adultos, Família/comunidade, Gestores ou coordenadores do serviço

Articulação RAPS: CAPS II Espaço Vivo (Botucatu) e Atenção Primária de Saúde (Itatinga)

Articulação com outros setores: Diretoria de Assistência Social do Município de Itatinga, Departamento Regional de Saúde, VI-BAURU, Poder Judiciário, Equipe de Avaliação de Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa Com Transtorno Mental em Conflito com a Lei – EAP


Resumo

A articulação entre equipes de saúde do estado e do município de Itatinga é crucial para garantir a continuidade do cuidado para pessoas egressas de hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. Essas pessoas frequentemente enfrentam desafios relacionados a transtornos mentais, dificuldades de reinserção social e estigma, necessitando de acompanhamento constante. A experiência com um paciente egresso do HCTP, que apresentava dificuldades sociais, emocionais e ocupacionais, ilustra a necessidade de um trabalho conjunto entre saúde e assistência social para desenvolver um Projeto Terapêutico Singular (PTS) adaptado às necessidades individuais.

A equipe estadual auxiliou na construção do PTS, enquanto o CAPS II AD se tornou o serviço de referência para o cuidado em saúde mental. O paciente apresentou maior adesão ao tratamento e fortalecimento da rede de apoio, mas ainda existem desafios como a escassez de vagas em programas de reinserção laboral e a necessidade de protocolos mais ágeis para encaminhamentos e acompanhamento. A experiência destaca a importância da atuação integrada entre serviços do estado e do município para garantir um cuidado contínuo e efetivo, com a troca de informações, articulação de recursos e gestão dos casos, assegurando que o paciente tenha suporte adequado em seu retorno à comunidade.

A continuidade do diálogo intersetorial e a adaptação dos serviços às demandas dos pacientes egressos são fundamentais para promover a saúde e reduzir as chances de retorno ao sistema de custódia.

Palavras-chave: Cuidados no território, egresso, intersetorialidade, matriciamento

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